Durante o encontro ainda foi discutida a possibilidade de intercâmbio nas áreas de ciência e tecnologia.
Ao ouvir detalhes de como Mato Grosso do Sul se desenvolve com sustentabilidade, a cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg disse: "Fiquei bem impressionada com o que foi apresentado". Nesta quarta-feira (24), acompanhada de uma equipe de trabalho, ela se reuniu com o governador Eduardo Riedel, os secretários Rodrigo Perez (Segov), Jaime Verruck (Semadesc) e Artur Falcette (executivo de Meio Ambiente) para conhecer políticas estaduais direcionadas à infraestrutura sem deixar de lado a preservação do meio ambiente.
"Ela ficou surpresa pelo curto espaço de tempo que o Estado tem para chegar a essa situação do Carbono Neutro, mas quando ela compreendeu qual é a estrutura de produção de energia e de produção econômica, ficou evidente que o Estado tem plenas condições de chegar em 2030 no Carbono Neutro", disse Verruck.
Por meio do Proclima (Programa Estadual de Mudanças Climáticas), são estabelecidas ações para Mato Grosso do Sul ter este reconhecimento internacionalmente, existe até uma resolução exigindo apresentação do inventário de gases de efeito estufa aos empreendimentos que necessitam de licenciamento ambiental.
Também foram discutidas regras europeias para importação de produtos sul-mato-grossenses. Segundo o titular da Semadesc, o governo está preparado para demonstrar à União Europeia quais são os mecanismos de rastreabilidade para que os produtos locais sejam comprovadamente "livres de desmatamentos".
Durante o encontro ainda foi discutida a possibilidade de intercâmbio nas áreas de ciência e tecnologia, principalmente parcerias com universidades que tenham projetos de desenvolvimento para crescimento aliado à sustentabilidade.
"Eu vejo muitas oportunidades de cooperação entre o Estado e Alemanha e com certeza não vai ser a última visita. A gente já combinou muitas parcerias, por exemplo, na área de pesquisa", declarou a cônsul, que classificou a conversa como "ótima".
A União Europeia é uma das principais financiadoras do Fundo da Amazônia e pode investir no Fundo Clima Pantanal, por isso o assunto teve destaque na pauta do encontro. A iniciativa promove o desenvolvimento sustentável do bioma e possibilita a gestão das operações financeiras destinadas a programas de pagamentos por serviços ambientais.
"Nos surpreendeu inclusive o posicionamento dela [cônsul] de que o governo alemão olha hoje também para esse bioma que é o Pantanal. A gente teve sempre a dificuldade ao buscar esse reconhecimento, então esse bioma já está numa pauta internacional e isso com certeza facilita o olhar de mais de preservação", finalizou Jaime Verruck.
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