A primeira ação prática após os dois encontros técnicos realizados pelo GT (Grupo de Trabalho) que é coordenado pelo vice-governador Barbosinha, por determinação do governador Eduardo Riedel no sentido de buscar alternativas para resolver a questão da falta d’água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, começou esta semana com as intervenções visando reparar vazamentos na base e promover a extensão de rede de abastecimento de água para algumas casas hoje servidas, aleatoriamente, por meio de caminhão pipa.
A primeira ação prática após os dois encontros técnicos realizados pelo GT (Grupo de Trabalho) que é coordenado pelo vice-governador Barbosinha, por determinação do governador Eduardo Riedel no sentido de buscar alternativas para resolver a questão da falta d’água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, começou esta semana com as intervenções visando reparar vazamentos na base e promover a extensão de rede de abastecimento de água para algumas casas hoje servidas, aleatoriamente, por meio de caminhão pipa.
“Adotamos uma solução emergencial, atingindo pontos focais e esperamos, nessa primeira ação, poder contemplar as famílias desassistidas por conta da obstrução nos PTs (os poços tubulares) provocada pela redução da capacidade de produção em muitos desses poços”, expl ica a engenheira Karoline Bonzi, do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) que se deslocou para Dourados junto com a equipe formada pelo engenheiro Rafael Ceccim e a técnica Gilmara Calache.
“Esse é um problema que se arrasta há anos, e agora, com o envolvimento desses atores, iniciamos com ações corretivas, ampliação e melhorias na rede, no sistema de reservação, para que a água possa começar a chegar nas residências e ao mesmo tempo, por meio dos geólogos, fazendo todo o projeto com a área de engenharia, para verificar a necessidade de investimentos, na parte de produção, reservação e distribuição”, destacou o vice-governador, que acompanha de perto os trabalhos da equipe técnica.
Barbosinha lembra que essa não é uma responsabilidade do Governo estadual, “mas, nesse momento, não adianta apontar o dedo, a falta de água nas aldeias atinge a todos e o que o Governo do Estado quer é que esse projeto, piloto em Dourados, se estenda para outras aldeias”. Ele define a ação como resultado do compromisso do governador Eduardo Riedel com um Estado inclusivo: “E a comunidade indígena precisa estar inserida nesse processo e não há inserção quando você não tem o básico, quando você não tem água dentro das aldeias, e esse é o primeiro grande passo parta outras grandes conquistas que nós queremos para as comunidades indígenas e a todo o Estado. Um Estado rico, inclusivo, pressupõe que a riqueza seja compartilhada com todos”.
O engenheiro Evandro Costa Soares, que responde pela gerência do Escritório Regional da Sanesul em Dourados, já encaminhou a máquina retroescavadeira que permanece em ação nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Nesta terça-feira (28) as equipes estavam concentradas na abertura de um trecho de aproximados 600 metros de e xtensão de rede, que vai possibilitar a interligação e atender, de imediato, aos moradores de 40 a 80 casas nos fundos da aldeia Bororó.
Uma nova adutora, com 1.500 metros de extensão, será construída no interior das aldeias, servidas hoje por 14 poços tubulares. O ponto focal do DSEI nesse momento, conforme os engenheiros Rafael e Karol, é recuperar a capacidade de produção dos PTs. “O PT 4 da Bororó e o PT 7 na Jaguapiru, por exemplo, est avam há muito tempo sem manutenção, precisamos recuperar a vazão deles que chegou a ser de 20 a 25 mil litros e caiu para em torno de 4.000, em média”, relatou Rafael. Problemas técnicos estão sendo identificados no sentido de amenizar a situação.
Alívio para muita gente
Para o vice-cacique da aldeia Bororó, Alex Rodrigues, a preocupação do Governo do Estado em socorrer os indígenas com relação à falta de água, um problema recorrente nos últimos anos, é significativa. “Só temos a agradecer ao Governo, Sanesul, a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), porque muitas famílias aqui já nem sabiam mais o que fazer com a falta d’água. Esse serviço aqui vai trazer o alívio para muita gente”, reconheceu.
Paralelamente aos trabalhos que são realizados para recuperar a vazão nos poços distribuídos estrategicamente pelo interior das aldeias, as engenheiras da Sanesul, Thayla Fialho, e Maria de Lourdes Taparo, se concentram na elaboração do projeto executivo para a solução do abastecimento de água, com o apoio dos engenheiros Rafael e Karoline, representantes do DSEI. No encontro do Grupo de Trabalho, agendado para às 8 horas do dia 9 de março, na sede da Sanesul em Campo Grande, será possível fazer uma avaliação preliminar dos resultados obtidos até agora e traçar novas metas de atuaçã o.
O coordenador do GT avalia que, após o projeto executivo pronto e quantificado, que envolve hoje as equipes do DSEI, da Sanesul e da Sesai, com a Setescc [a Secretaria que cuida dos assuntos ligados aos povos originários], o Governo do Estado vai buscar no Governo Federal o atendimento das necessidades de investimento para resolver o problema que atinge a todos.
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