Já não é mais novidade que as ações do Governo do Estado se apresentam como soluções mediante a inércia do executivo federal, o Governador Eduardo Riedel, mais uma vez não mede esforços para sanar reivindicações dos povos indígenas.
Já não é mais novidade que as ações do Governo do Estado se apresentam como soluções mediante a inércia do executivo federal, o Governador Eduardo Riedel, mais uma vez não mede esforços para sanar reivindicações dos povos indígenas.
Recentemente vimos os enormes esforços para finalmente encerrar a disputa que envolve a Terra Indígena (TI) Ñanderu Marangatu e fazendeiros da região de Antônio João (MS), onde o Governo do MS teve que arcar financeiramente com a parceria do Governo Federal, indenizando os donos das tais terras em disputa que foram desapropriadas, um problema que era de cunho do executivo federal, causado justamente pela discussão sobre o “Marco Temporal”.
Agora, novamente, O Governo de Mato Grosso do Sul mantém seus esforços para solucionar a questão, que é de cunho federal, garantindo definitivamente a resolução do problema de abastecimento de água na Reserva Indígena de Dourados, a maior do Brasil, que abrange as aldeias Jaguapiru e Bororó. O plano é implementar um modelo inspirado no programa MS Água para Todos, lançado na semana passada durante uma cerimônia em Ponta Porã, com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e do secretário-executivo do ministério, Eloy Terena.
“Talvez Mato Grosso do Sul seja o único estado no Brasil com um projeto estruturante voltado para resolver o problema de água nas comunidades indígenas. Assinamos com a Itaipu na semana passada e, especificamente, a situação de Dourados será abordada em um segundo momento. Vamos buscar recursos com a bancada do Estado, Itaipu, emendas, o PAC, enfim, o que for necessário para resolver também o problema de Dourados”, afirmou o governador Eduardo Riedel nesta quarta-feira (27).
O projeto MS Água para Todos, em parceria com a Itaipu Binacional, conta com um investimento de R$ 45 milhões da instituição, complementados por R$ 15 milhões do Governo do Estado. A iniciativa atenderá, inicialmente, oito comunidades indígenas nos municípios de Amambai, Caarapó, Japorã, Juti, Paranhos e Tacuru, beneficiando cerca de 35 mil pessoas com água potável e fornecimento contínuo.
Agora, o foco é expandir a iniciativa para Dourados, por meio de novas parcerias, garantindo que a demanda histórica da comunidade local seja atendida. “Não vamos concluir nosso mandato sem resolver essa questão. É inadmissível que milhares de pessoas ainda vivam sem acesso à água. Vamos buscar parcerias, com competência, e crescer de forma inclusiva. Faremos todo o possível para avançar nessa causa”, declarou Riedel durante a assinatura do projeto na semana passada.
Protestos em Dourados
O governador também comentou sobre as recentes manifestações da comunidade indígena de Dourados na rodovia MS-156. “Eles pediram um caminhão de água, foi dado. Pediram mais, pediram seis, e foi dado. Atendemos o pedido e eles iriam sair da estrada. Foram três dias, o Estado parado e a gente negociando. Ontem, por interferência de uma pessoa e de algumas correntes políticas, quiseram continuar pressionando. Não podemos aceitar isso”.
Embora reconheça que a reivindicação por água é legítima, Riedel destacou que ela não pode ser utilizada com fins políticos ou para atender a interesses de grupos específicos. Ele reforçou o compromisso do governo em resolver conflitos e problemas históricos enfrentados pelas comunidades indígenas em todo o estado.
“No confronto sempre há prejuízo, infelizmente. Estamos trabalhando pelas comunidades indígenas, mas é preciso manter a ordem e o direito de ir e vir das pessoas. Não é fomentando desentendimentos que vamos alcançar resultados concretos”, concluiu o governador.
Cooperação da matéria - Topmidianews
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