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Foto do escritorAlípio Neto

Modelo para o Brasil, Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa irá acompanhar Rota Bioceânica

A Frente Parlamentar vai acompanhar as ações para implantação da Rota Bioceânica e ainda propor e discutir as políticas públicas relacionadas ao projeto.


Para acompanhar a implantação da Rota de Integração Latino-Americana – a Rota Bioceânica –, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul criou uma Frente Parlamentar. O governador Eduardo Riedel participou da instalação da Frente, realizada esta tarde na Casa de Leis, e falou sobre a importância da obra para o Mato Grosso do Sul e o Brasil.


“Minha integral solidariedade ao ato de hoje, que a Assembleia assume em montar uma Frente Parlamentar de acompanhamento da Rota. Isso demonstra a dimensão e algo que foi construído ao longo dos anos, para que a gente chegue em 2025, atravessando os quatro países, em escala comercial e tenha mais competitividade. Significa uma janela de abertura gigante do ponto de vista comercial, para o Mato Grosso do Sul, parte do Centro-Oeste, e os países que a Rota atravessa, Paraguai, Argentina e Chile”, disse Riedel.


Com previsão de reduzir em 14 dias a viagem de navio para os mercados asiáticos, o modelo da Rota Bioceânica que cortará o Mato Grosso do Sul, serve de modelo para o Ministério do Planejamento e Orçamento, que faz um estudo de possíveis novas rotas que liguem o Brasil ao Pacífico.


“A integração do Brasil, antes de tudo, começa pela integração regional. No nosso ministério temos um grupo de trabalho que vai entregar no final de outubro, todas as possíveis rotas bioceânicas que ligam os estados fronteiriços do Brasil com os países vizinhos. Uma rota bioceânica não exclui e nem compete com outra. E o exemplo que estamos levando no Ministério do Planejamento e Orçamento é a Rota Bioceânica que liga Mato Grosso do Sul ao Paraguai, passando pela Argentina e Chile”, afirmou a ministra Simone Tebet, que participou da solenidade.



Com expectativa de proporcionar significativo crescimento econômico e turístico, a Rota Bioceânica ligará o Brasil – começando em Mato Grosso do Sul – ao Oceano Pacífico, passando pelo Paraguai, Argentina e Chile.


“A Rota já tem atraído muitas missões que vem do Paraguai, Argentina e Chile para cá e nós que vamos a estes países. A província de Taparacá, no Chile, abriu um escritório comercial aqui em Campo Grande. Recebemos uma missão da Filadélfia em Mato Grosso do Sul, buscando o mercado de lácteos. As empresas logísticas começam a se movimentar, Porto Murtinho passa por uma transformação de investimento. E nem começou, nós estamos com a expectativa da Rota, do ponto de vista de ir e vir de diversos produtos de diferentes cadeias produtivas, do turismo, da integração nacional. Então parabenizo a iniciativa da Assembleia”, afirmou o governador.


Os secretários Eduardo Rocha (Casa Civil) e Jaime Verruck (Semadesc), além do presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro e o deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, que vai coordenar a Frente, e os ex-presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, também participaram do evento.

A Frente Parlamentar vai acompanhar as ações para implantação da Rota Bioceânica e ainda propor e discutir as políticas públicas relacionadas ao projeto. A ponte binacional ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai.



“A integração como mecanismo de desenvolvimento econômico é importantíssima para a competitividade de Mato Grosso do Sul, e fundamental para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, e de certa forma até para a Bolívia. Quando concluída, a Rota traz inúmeros benefícios do ponto de vista da integração econômica, social, cultural e turística, e os problemas a gente tem que acompanhar”, disse o deputado José Orcírio.


Rota Bioceânica


Com início em Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, o corredor rodoviário criará importante conexão entre o Centro-Oeste brasileiro e o Pacífico. Conforme acordos presidenciais chancelados em 2015, a nova rota percorrerá os quatro países por um traçado de 3.320 quilômetros.


No dia 12 de setembro foi publicado no Diário Oficial da União o aviso de licitação para elaboração dos projetos e execução das obras de implantação e pavimentação do acesso à Ponte Internacional sobre o Rio Paraguai, Contorno Rodoviário de Porto Murtinho na Rodovia BR-267/MS e Construção do Centro Aduaneiro de Controle de Fronteira, com prazo de execução de 26 meses. O investimento federal previsto nessas obras é de R$ 400 milhões.


“Em outubro começa o processo de licitação da alça, que deve terminar em abril. Não vamos achar que uma licitação dessa envergadura é uma coisa muito rápida. É bom porque tem chuva nesse período. E a partir daí temos condições de dar ordem de serviço eu acredito que no primeiro semestre de 2024”, prevê a ministra Simone Tebet.

A 6 km de Porto Murtinho, na fronteira com Carmelo Peralta, está sendo construída pelo governo paraguaio a ponte de 1.294 metros de comprimento sobre o Rio Paraguai, ao custo de US$ 85 milhões (financiada pela Itaipu), com previsão de conclusão em 2024.


O Governo do Estado investiu nos últimos anos mais de R$ 40,6 milhões em obras relacionadas à Rota Bioceânica, em Porto Murtinho. O investimento atende o novo corredor e à logística portuária que se instalou na região, que faz fronteira com o Paraguai. O Governo do Estado também garantiu incentivos para reativar a hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.

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