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O pecado mortal do Dr. Mandetta

Foto do escritor: Alípio NetoAlípio Neto

Luiz Henrique Mandetta começou bem sua gestão do desafio “Coronavírus/COVID-19”. Político profissional e bom comunicador, Mandetta transmitiu tranquilidade e segurança em suas falas para a sociedade brasileira. Era o cara certo, no lugar certo, na hora certa.


Foto: Agência Brasil (EBC).


Luiz Henrique Mandetta começou bem sua gestão do desafio “Coronavírus/COVID-19”. Político profissional e bom comunicador, Mandetta transmitiu tranquilidade e segurança em suas falas para a sociedade brasileira. Era o cara certo, no lugar certo, na hora certa.


Seu sucesso, porém, atraiu a mosca azul da política. Mandetta percebeu que com aquele nível de exposição sairia de ministro desconhecido para a condição de presidenciável. A mosca azul transmitiu o vírus do olho grande, que não é chinês, naturalmente.


O Dr. Mandetta não hesitou em golpear em uma coletiva o seu próprio chefe. Desqualificando o discurso de quem detém o cargo político que propicia a sua gestão técnica do Ministério, Mandetta cometeu o único pecado que a política não perdoa: a deslealdade.


O meio político é sujo: aceita corrupção, mentira e até assassinatos. Toninho do PT, Celso Daniel e as testemunhas da morte deste são provas disso. Mas a deslealdade é um pecado mortal na política. O oportunismo transformou o bom ministro em um moleque.


Com isso, perderá o prestígio junto aos conservadores e será usado pelos centristas que já têm suas alternativas para a Presidência. E nenhuma delas vai abrir mão para ajudar a colocar um desleal na cadeira de Presidente.


Todavia, o Ministro da Saúde segue cego pelos efeitos do vírus do olho grande. Ao virar as costas para a hidroxicloriquina, ordenando sua aplicação apenas em casos terminais e não logo no início do aparecimento dos sintomas, Mandetta poderá sacrificar vidas apenas para se contrapor ao Presidente da República. Essa barbaridade não será perdoada pelo país se isso acontecer. E de ministro desconhecido e depois presidenciável, Mandetta passará para a História como um rato.


Como ele mesmo sugeriu por e-mail nesta semana: no meio do caminho havia uma pedra. Para ele, é Bolsonaro. Na verdade, a pedra é o seu oportunismo.


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