Com campanha #vacinageralMS movimentando a web, na tentativa de sensibilizar o governo federal a enviar as 2,8 milhões de doses da vacina da Janssen contra Covid-19 para Mato Grosso do Sul, o presidente do Solidariedade MS e vereador de Campo Grande, Papy, entrou em contato com a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para tentar viabilizar pelo menos o envio de doses suficientes para imunizar o restante da população campo-grandense. O Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, adiantou que foram reservadas apenas 38.400 doses para o estado
“Desde ontem comecei a fazer contato com a ministra Tereza Cristina para saber mais informações a respeito disso, o secretário municipal de Saúde estava lá em Brasília. O primeiro pleito, o pleito mais possível de acontecer é a imunização para Campo Grande, que foi o pedido de 351 mil doses que a gente pudesse imunizar a capital”, afirmou Papy.
Segundo Papy, o projeto ideal seria contemplar toda a população do estado, mas diante da dificuldade de conseguir a totalidade das vacinas, um início seria começar pela capital. “Você consegue aliviar o Estado sobre os leitos de UTI, a gente pode ceder a outros municípios e até outros estados do Brasil, sem falar na retomada, no crescimento econômico para o Estado de Mato Grosso do Sul e, consequentemente, para o Brasil”, pontuou o vereador.
O argumento do movimento para o governo federal repassar as milhares de doses ao estado é a logística na distribuição, já que é um dos que mais vacinou. Com uma população estimada em 2.809.394 pessoas, Mato Grosso do Sul aplicou as duas doses da vacina contra o coronavírus em mais de 350 mil pessoas. Na capital, quase 133 mil pessoas estão totalmente imunizadas.
Panorama
Campo Grande e outros 42 municípios estão na bandeira cinza (grau de risco extremo), de acordo com o Mapa Prosseguir, divulgado na sexta-feira (10). Assim, somente as atividades essenciais podem funcionar, como hospitais, farmácias e supermercados. Restaurantes poderão abrir apenas para delivery ou retirada no caixa. Outras 29 cidades estão em vermelho (grau de risco alto) e sete em laranja (grau de risco médio).
Um fator que contribuiu para colocar mais de 50% dos municípios em grau de risco extremo foi a ocupação em mais de 90% dos leitos hospitalares das quatro regiões da saúde. Até sexta-feira havia 1.286 pessoas internadas em leitos clínicos e UTIs. A macrorregião de Campo Grande trabalhava com 107% da ocupação global, seguido por Três Lagoas (99%), Corumbá (96%) e Dourados (93%).
Além disso, a situação epidemiológica também é crítica. Dos 308.374 casos confirmados no estado, 109.383 ocorreram em Campo Grande. Do total das 7.320 mortes registradas, 3.003 foram na capital.
Enquanto você lia essa matéria mais pessoas morriam e outros casos se confirmavam de Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
Fontes consultadas: IBGE; Vacinômetro; Boletim Epidemiológico da SES; Mapa Prosseguir
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